Frouxidão vaginal : da invisibilidade ao diagnóstico e tratamento
Gláucia Miranda Varella Pereira
TESE
Multilíngua
T/UNICAMP P414f
[Vaginal laxity]
Campinas, SP : [s.n.], 2023.
1 recurso online (382 p.) : il., digital, arquivo PDF.
Orientadores: Luiz Gustavo Oliveira Brito, Cássia Raquel Teatin Juliato
Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas
Resumo: Introdução: A frouxidão vaginal (FV) é definida como queixa de excesso de flacidez vaginal. Objetivo: Identificar os fatores clínicos, diagnósticos e terapêuticos para a FV. Métodos: Uma revisão sistemática sobre o tratamento para a FV; uma adaptação transcultural e validação para a língua...
Ver mais
Resumo: Introdução: A frouxidão vaginal (FV) é definida como queixa de excesso de flacidez vaginal. Objetivo: Identificar os fatores clínicos, diagnósticos e terapêuticos para a FV. Métodos: Uma revisão sistemática sobre o tratamento para a FV; uma adaptação transcultural e validação para a língua portuguesa do questionário Female Sexual Distress Scale – Revised (FSDS-R); um estudo transversal avaliando as medidas da espessura vaginal por ultrassom transvaginal (USTV) e transabdominal (USTA); um estudo qualitativo sobre a compreensão dos significados que as mulheres atribuem à sensação de FV e o seu impacto na percepção de si mesmas, no relacionamento afetivo íntimo e na sexualidade; um estudo transversal realizado no Reino Unido avaliando os preditores da FV e da disfunção sexual em uma população multiétnica; um ECR e o seu protocolo sobre o efeito da RF e do TMAP no tratamento de mulheres com FV; e a partir do ECR, uma análise secundária dos achados ultrassonográficos das mulheres com FV submetidas à RF e ao TMAP. Resultados: Na revisão sistemática com 38 estudos, nenhuma diferença foi encontrada entre os grupos de intervenção e controle na função sexual e na sensação da FV nos tratamentos à base de energia. A satisfação das participantes nos tratamentos cirúrgicos foi alta. Na validação do FSDS-R, tanto o FSDS-R, quanto os questionários para função sexual e sintomas vaginais apresentaram validade discriminante entre mulheres com e sem FV e uma alta consistência interna em mulheres com e sem FV. No estudo transversal e na análise secundária, uma correlação significativa foi encontrada entre a espessura vaginal e os USTA e USTV em mulheres com FV. No estudo qualitativo, as 16 participantes entrevistadas enfrentaram dificuldades para identificarem os sintomas de FV e apontaram estratégias para lidarem com a FV. No estudo transversal no Reino Unido, das 200 participantes incluídas, 67 apresentaram FV. As participantes com FV apresentaram piores resultados nos sintomas vaginais e na angústia sexual. Por fim, no ECR, tanto a RF quanto o TMAP apresentaram melhoras nos sintomas de prolapso genital e força muscular. O protocolo de estudo apresentou as etapas para a realização do ECR. Conclusão: A FV é um sintoma prevalente entre as mulheres sexualmente ativas. Multiparidade, idade, parto instrumental, laceração perineal, estado menopausal, e o parto vaginal e cesariana foram mais frequentemente associados às queixas de FV. A FV impacta negativamente a relação da mulher com a sua genitália, a sua autoestima, o seu bem-estar sexual, além de dificultar o vínculo afetivo com a parceria. O FSDS-R mostrou-se um instrumento valioso para avaliar a angústia sexual em mulheres com FV uma vez que estas apresentam piores scores na avaliação da angústia sexual. Tanto o USTA quanto o USTV são capazes de medir a espessura da parede vaginal em mulheres com FV. Os tratamentos à base de energias não se mostraram estatisticamente diferentes no reestabelecimento da função sexual e na sensação de FV quando comparados ao sham ou placebo em uma meta-análise, no entanto, melhora significativa foi observada em um ECR em mulheres tratadas com RF e TMAP após 30 dias e seis meses de follow-up
Ver menos
Abstract: Introduction: Vaginal laxity (VL) is defined as a complaint of excessive vaginal laxity. Objective: To identify the clinical, diagnostic and therapeutic factors for VF. Methods: A systematic review of treatment for VL; a cross-cultural adaptation and validation for the Portuguese language...
Ver mais
Abstract: Introduction: Vaginal laxity (VL) is defined as a complaint of excessive vaginal laxity. Objective: To identify the clinical, diagnostic and therapeutic factors for VF. Methods: A systematic review of treatment for VL; a cross-cultural adaptation and validation for the Portuguese language of the Female Sexual Distress Scale–Revised (FSDS-R); a cross-sectional study evaluating vaginal thickness measurements by transvaginal (TVUS) and transabdominal (TAUS) ultrasound; a qualitative study on understanding the meanings that women attribute to the feeling of VL and its impact on self-perception, intimate affective relationships and sexuality; a cross-sectional study conducted in the United Kingdom evaluating predictors of VL and sexual dysfunction in a multi-ethnic population; an RCT and its protocol on the effect of RF and PFMT in the treatment of women with VL; and from the RCT, a secondary analysis of the sonographic findings of women with VL who underwent RF and PFMT. Results: In the systematic review of 38 studies, no differences were found between intervention and control groups in sexual function and VL sensation in energy-based treatments. Participants' satisfaction with surgical treatments was high. In the validation of the FSDS-R, both the FSDS-R and the questionnaires for sexual function and vaginal symptoms showed discriminant validity between women with and without VL and high internal consistency in women with and without VL. In the cross-sectional study and secondary analysis, a significant correlation was found between vaginal thickness and TAUS and TVUS in women with VF. In the qualitative study, the 16 participants interviewed faced difficulties identifying VL symptoms and pointed out strategies to deal with VL. In the UK cross-sectional study, of the 200 participants included, 67 had VL. Participants with VL had worse results regarding vaginal symptoms and sexual distress. Finally, in the RCT, both RF and PFMT showed improvements in genital prolapse symptoms and muscle strength. The study protocol presented the steps for performing the RCT. Conclusion: VL is a prevalent symptom among sexually active women. Multiparity, age, instrumental delivery, perineal laceration, menopausal status, and vaginal delivery and caesarean section were most frequently associated with VL complaints. VL negatively impacts the woman's relationship with her genitalia, her self-esteem, and her sexual well-being, in addition to hindering the affective bond with the partner. The FSDS-R proved to be a valuable instrument to assess sexual distress in women with VL, as these have worse scores in the assessment of sexual distress. Both TAUS and TVUS are capable of measuring vaginal wall thickness in women with VL. Energy-based treatments were not statistically different in restoring sexual function and VL sensation compared to sham or placebo in a meta-analysis, however, significant improvement was seen in an RCT in women treated with RF and PFMT after 30 days and six months of follow-up
Ver menos
Aberto
Brito, Luiz Gustavo Oliveira, 1980-
Orientador
Juliato, Cássia Raquel Teatin, 1975-
Coorientador
Reis, Zilma Silveira Nogueira
Avaliador
Ferreira, Elizabeth Alves Gonçalves
Avaliador
Nascimento, Maria Laura Costa do, 1979-
Avaliador
Pacagnella, Rodolfo de Carvalho, 1974-
Avaliador
Frouxidão vaginal : da invisibilidade ao diagnóstico e tratamento
Gláucia Miranda Varella Pereira
Frouxidão vaginal : da invisibilidade ao diagnóstico e tratamento
Gláucia Miranda Varella Pereira