Resumo: Esta dissertação propõe uma abordagem que busca superar a oposição entre "feminino" e masculino e "saberes ancestrais" e "saberes científicos", produzida pelo Antropoceno, mobilizando conceitos da filósofa da ciência Isabelle Stengers em interlocução com as práticas da Rede de Educação Feminista e Diversidade, a Inadequada. A proposta é pensar, sentir e viver a dimensão do feminino como potência mesopolítica, que emerge das práticas, encontros e experimentações de mulheres feministas (ou não) que subvertem e agem criticamente diante dos colapsos ambientais, das relações, narrativas e modos de vida patriarcais, racistas, sexistas, capacitistas, coloniais e capitalistas. A pergunta-problema busca por muitas respostas e propõe pensar a noção de inadequação dos corpos e da terra/Terra como uma possibilidade sempre viva, alegre e responsável de inventar a suspensão dos pensamentos binários, expandindo a potência dos corpos que se encontram em modos de compor com Gaia. Sendo assim, propor uma divulgação movida pela intervenção, escuta e em composição com gestos de cuidado, atenção e presença, sendo os corpos meios subversivos e sensíveis Ver menos

Abstract: This dissertation proposes an approach that seeks to overcome the opposition between "feminine" and "masculine" and between "ancestral knowledge" and "scientific knowledge," produced by the Anthropocene, by mobilizing concepts from the philosopher of science Isabelle Stengers in dialogue with the practices of the Feminist Education and Diversity Network, the Inadequate. The proposal is to think, feel, and live the dimension of the feminine as a mesopolitical force, emerging from the practices, encounters, and experiments of feminist (or not) women who subvert and critically act in response to environmental collapses, and to patriarchal, racist, sexist, ableist, colonial, and capitalist relationships, narratives, and ways of life. The problem-question seeks multiple answers and proposes to think about the notion of inadequacy of bodies and the earth/Earth as a constantly alive, joyful, and responsible possibility of inventing the suspension of binary thinking, expanding the potency of bodies that engage in ways of composing with Gaia. Thus, it proposes dissemination driven by intervention, listening, and in composition with gestures of care, attention, and presence, with bodies as subversive and sensitive mediums Ver menos