Resumo: O presente trabalho se debruça nas investigações a respeito dos limites da interdisciplinaridade. O tema se desenvolve através do estudo da transformação metodológica que ocorreu com os trabalhos antropológicos a respeito de grafismos, em especial dos indígenas brasileiros, nas três últimas décadas (1990, 2000 e 2010), tendo como base argumentativa duas obras de referência: Os livros Arte e Agência, de Alfred Gell, publicado postumamente em 1997 e Le principe de la chimère: une anthropologie de la mémoire, de Carlo Severi, publicado em 2007. O objetivo dessas investigações é esboçar respostas à uma hipótese formulada a partir da hipótese indisciplinar, que habitaria potencialmente a relação entre subjectos, mas que, em prol de uma dialética historicamente construída entre "Interdisciplinaridade" e o que chamei de "Disciplinaridade", foi subjugada e, mesmo assim, exerce constante influência sobre a ciência moderna (ou, como chamei, a "máquina disciplinar moderna"). Dessa maneira, outras duas obras serão importantes para a discussão, "Grafismo Indígena: Ensaios em antropologia estética", organizado por Lux Vidal e "Quimeras em diálogo, grafismo e figuração na arte indígena", organizado por Els Lagrou e Carlo Severi. Conclui-se resumidamente que seria possível trabalhar "interdisciplinarmente" sem utilizar das já existentes metodologias de pesquisa interdisciplinares, pois o "caráter interdisciplinar", é da ordem daquilo que é pesquisado, não da eliciação do pesquisador Ver menos

Abstract: The present work focuses on investigations regarding the limits of interdisciplinarity. The theme is developed through the study of the methodological transformation that occurred with anthropological works on graphisms, especially of Brazilian indigenous people, in the last three decades (1990, 2000 and 2010), having as an argumentative basis two reference works: The books "Art and Agency", by Alfred Gell and "Le principe de la chimère: une anthropologie de la mémoire", by Carlo Severi. The object of these investigations is to outline responses to a hypothesis formulated from the "Indisciplinary Hypothesis", which would potentially inhabit the relationship between subjects, but which, in favor of a historically constructed dialectic between "Interdisciplinarity" and what I called "Disciplinarity", was subjugated. and yet it exerts a constant influence on modern science (or, as I called it, the "modern-disciplinary machine"). In this way, two other works will be important for the discussion, "Grafismo Indígena: Ensaios em antropologia estética", organized by Lux Vidal and "Quimeras em diálogo, grafismo e figuração na arte indígena", organized by Els Lagrou and Carlo Severi. It is briefly concluded that it would be possible to work "interdisciplinarily" without using the already existing interdisciplinary research methodologies, since the "interdisciplinary character" is in the order of what is researched, not of the researcher's elicitation Ver menos