Resumo: Esta é uma pesquisa narrativa que sentipensa (Fals Borda, 2015) educação em conversas com quatro educadoras/or escolares e não escolares. O trabalho reflete sobre a relação entre a produção do currículo e práticas educativas menores (Gallo, 2002) desde de posições decoloniais. Partindo do entendimento de que a produção do currículo é profundamente informada pela racionalidade neoliberal (Veiga-Neto, 2002) baseada em uma dieta unilateral de saberes (Tamayo, 2017), e entendendo tal produção como um campo em disputa, a pesquisa mira o esgarçamento da narrativa neoliberal, em nome da ampliação de possibilidades ontológicas e epistêmicas, experiências e saberes que permitam outras formas de sentirfazerpensar (considerando os atos de sentir, fazer e pensar como movimentos indissociáveis de existência, que transbordam a racionalidade cartesiana do "penso, logo existo"). A produção do currículo é considerada desde o aporte teórico de autoras/es decoloniais, sobre a edificação do mundo ocidental contemporâneo a partir da narrativa parcial eurocêntrica como verdade universal, o que Carolina Tamayo (2017) chama de totalitarismo epistêmico. O problema que essa pesquisa se propõe a investigar passa pelo tensionamento que as práticas menores em educação - que percebem os saberes levando em conta outras formas de existência - podem provocar no currículo colonial. O que pode acontecer quando o currículo oficial, maior, é confrontado com outras maneiras de articulação dos saberes? O trabalho trata da interpelação dessa estrutura curricular disciplinar colonial a partir de práticas sociais educativas que se desfazem e refazem o tempo todo, se revelando como práticas de educação menor Ver menos

Abstract: This is a narrative research that thinkfeels (Fals Borda, 2015) education in conversations with four school and non-school educators. The work reflects on the relationship between curriculum production and minor educational practices (Gallo, 2002) from decolonial positions. Considering that curriculum's production is based on neoliberal rationality (Veiga-Neto, 2002) and based on a unilateral diet of knowledge (Tamayo, 2017), and understanding such production as a field in dispute, the research aims at the fraying of the neoliberal narrative, in the name of expanding ontological and epistemic possibilities, experiences and knowledge that allow other ways of feeling, doing, thinking (considering the acts of feeling, doing and thinking as inseparable movements of existence, which overflow the Cartesian rationality "I think, therefore I am "). The production of the curriculum is considered from the theoretical contribution of decolonial authors, on the construction of the contemporary Western world based on the partial Eurocentric narrative as universal truth, what Carolina Tamayo (2017) names epistemic totalitarism. The problem that this research proposes to investigate involves the tension that minor practices in education - which perceive knowledge taking into account other forms of existence - can cause in the colonial curriculum. What can happen when the official, larger curriculum is confronted with other ways of articulating knowledge? The work deals with the interpellation of this colonial disciplinary curricular structure based on educational social practices that are undone and remade all the time, revealing themselves as minor education practices Ver menos