Respostas do sistema nervoso autonômico a desafios cardiovasculares em jogadores de futebol com paralisia cerebral
Alessandro de Freitas
TESE
Português
T/UNICAMP F884r
[Responses of the autonomic nervous system to cardiovascular challenges in soccer players with cerebral palsy]
Campinas, SP : [s.n.], 2024.
1 recurso online (96 p.) : il., digital, arquivo PDF.
Orientador: José Irineu Gorla
Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Faculdade de Educação Física
Resumo: A paralisia cerebral é uma condição neurológica crônica que afeta o controle do movimento e a postura, devido a lesões no cérebro em desenvolvimento. No futebol, pessoas com paralisia cerebral, acidente vascular cerebral, traumatismo crânio encefálico e outros comprometimentos neuro-motores...
Ver mais
Resumo: A paralisia cerebral é uma condição neurológica crônica que afeta o controle do movimento e a postura, devido a lesões no cérebro em desenvolvimento. No futebol, pessoas com paralisia cerebral, acidente vascular cerebral, traumatismo crânio encefálico e outros comprometimentos neuro-motores que comprometam a postura e coordenação poder ser considerados elegíveis para a prática, e após classificação funcional recebam as classes FT1, FT2, FT3 a depender da gravidade. No entanto, poucos estudos evidenciam o estado de saúde cardiovascular desses atletas bem como se a paralisia afeta o sistema autonômico cardíaco. O objetivo desse estudo foi avaliar as respostas autonômicas de jogadores de futebol com paralisia cerebral frente a desafios cardiovasculares. Foram recrutados 25 atletas com paralisia cerebral, sendo divididos em FT1 (n=13) e FT2+FT3 (n=12). Foi avaliado o perfil antropométrico, pressão arterial e a variabilidade da frequência cardíaca de repouso. Para análise das respostas autonômicas os atletas foram submetidos a duas etapas (desafios) de estresse fisiológico cardíaco (Cold Pressor test (CPT) teste e caminhada de 6 minutos). A variabilidade da frequência cardíaca (VFC) foi mensurada em repouso e durante os testes. Não foram encontradas diferenças significativas na VFC nos grupos durante o repouso. Foram encontradas diferenças significativas na reatividade da pressão sistólica e diastólica de ambos os grupos. Durante o Cold Pressor Test, houve aumento da VFC, rMSSD. Durante o teste de caminhada todas as variáveis da variabilidade apresentam diferenças significativas, rMSSD, PNN50, SDNN, SD1 e SD2, demonstrando reatividade simpática. Na recuperação da caminhada, houve diferenças significativas entre os grupos nas mesmas variáveis. Podemos concluir que esses dados nos mostram que tanto do grupo FT1, quando FT2-3 apresentam comportamentos semelhantes cardíacos basais da variabilidade da frequência cardíaca e pressão arterial. Entretanto, em situação de estresse fisiológico frente ao Cold Pressor Test e Caminhada de 6 minutos, apesar de ambos serem reativos, a recuperação do grupo FT1 apresentou piores resultados, sugerindo ação parassimpático tardia. Novos testes que monitorem os sinais de atividade estacionária e não estacionária de pessoas com paralisia cerebral devem ser realizados com objetivo de identificar os efeitos das práticas esportivas no sistema cardiovascular
Ver menos
Abstract: The Cerebral palsy is a chronic neurological condition that affects movement control and posture due to damage to the developing brain. In soccer, people with cerebral palsy, stroke, traumatic brain injury, and other neuro-motor impairments that compromise posture and coordination can be...
Ver mais
Abstract: The Cerebral palsy is a chronic neurological condition that affects movement control and posture due to damage to the developing brain. In soccer, people with cerebral palsy, stroke, traumatic brain injury, and other neuro-motor impairments that compromise posture and coordination can be considered eligible to play. After a functional classification, they are assigned to classes FT1, FT2, or FT3, depending on the severity of their condition. However, few studies have examined the cardiovascular health status of these athletes and whether paralysis affects the cardiac autonomic system. The aim of this study was to assess the autonomic responses of soccer players with cerebral palsy to cardiovascular challenges. Twenty-five players with cerebral palsy were recruited and divided into FT1 (n=13) and FT2+FT3 (n=12) groups. Anthropometric profiles, blood pressure, and resting heart rate variability (HRV) were assessed. To analyze autonomic responses, the athletes were subjected to two stages (challenges) of cardiac physiological stress: the Cold Pressor Test (CPT) and a 6-minute walk test. HRV was measured at rest and during the tests. No significant differences were found in HRV between the groups at rest. Significant differences were found in systolic and diastolic pressure reactivity in both groups. During the Cold Pressor Test, there was an increase in HRV, specifically in the root mean square of successive differences (rMSSD). During the walk test, all HRV variables showed significant differences, including rMSSD, PNN50, standard deviation of NN intervals (SDNN), and the Poincaré plot measures (SD1 and SD2), demonstrating sympathetic reactivity. When recovering from the walk test, there were significant differences between the groups in the same variables. We can conclude that these data show that both the FT1 and FT2-3 groups exhibit similar baseline cardiac behavior in terms of HRV and blood pressure. However, under physiological stress during the Cold Pressor Test and 6-minute walk, despite both groups being reactive, the recovery of the FT1 group showed worse results, suggesting delayed parasympathetic action. New tests that monitor the signs of stationary and non-stationary activity in people with cerebral palsy should be carried out to identify the effects of sports practices on the cardiovascular system
Ver menos
Aberto
Gorla, José Irineu, 1964-
Orientador
Rodrigues, Bruno, 1980-
Avaliador
Márcia Greguol
Avaliador
Nogueira, Cláudio Diehl, 1965-
Avaliador
Correia, Marilia de Almeida
Avaliador
Respostas do sistema nervoso autonômico a desafios cardiovasculares em jogadores de futebol com paralisia cerebral
Alessandro de Freitas
Respostas do sistema nervoso autonômico a desafios cardiovasculares em jogadores de futebol com paralisia cerebral
Alessandro de Freitas