Resumo: Nesta comunicação, apresentamos um recorte da pesquisa em andamento sobre
performatividade de gênero e voz cantada, que se debruça sobre a obra da intérprete
Chavela Vargas. Por meio da análise da canção "Macorina" (Alfonso Camín e Chavela
Vargas), objetivamos apontar para possíveis conexões entre questões próprias dos estudos
de gênero e da voz cantada na canção popular midiatizada latino-americana, partindo do
conceito de performatividade de gênero, elaborado pela filósofa Judith Butler. Chavela
Vargas se tornou ícone do movimento lésbico latino-americano por subverter a
heteronormatividade na interpretação de canções tradicionais mexicanas, como rancheras
e corridos, no México, a partir da década de 1960. Em "Macorina", sua primeira
composição, a cantora investe em recursos vocais que destacam seu lugar desejante com
relação às mulheres Ver menos

Abstract: In this communication, we present an excerpt from the ongoing research about
gender performativity and singing voice, which analyses the work of the singer Chavela
Vargas. Through the analysis of the song "Macorina" (Alfonso Camín and Chavela
Vargas), our goal is to point out the possible connections between gender studies self
queries and the singing voice in Latin American popular song, starting on the concept of
gender performativity developed by the philosopher Judith Butler. Chavela Vargas has
become an icon of the Latin American lesbian movement for subverting heteronormativity
when performing traditional Mexican songs, such as rancheras and corridos, in Mexico
from the 1960s onwards. In "Macorina", her first composition, the singer invests in vocal
resources that emphasize her place of longing regarding women Ver menos