As greves selvagens na onda de protesto do Brasil (2011-2016)
Cauê Vieira Campos
TESE
Português
T/UNICAMP C157g
[The wildcat strikes in the wave of protests in Brasil (2011-2016)]
Campinas, SP : [s.n.], 2023.
1 recurso online (360 p.) : il., digital, arquivo PDF.
Orientador: Andréia Galvão
Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Resumo: O Brasil foi sacudido por confrontos sociais e políticos nos últimos dez anos. As "Jornadas de Junho" de 2013 são um marco desse período. Mas, desde antes, diversos confrontos esta-vam ocorrendo no país. Por essa razão, sustentamos ter havido uma "onda de protestos" entre 2011 e 2016. Dentro...
Ver mais
Resumo: O Brasil foi sacudido por confrontos sociais e políticos nos últimos dez anos. As "Jornadas de Junho" de 2013 são um marco desse período. Mas, desde antes, diversos confrontos esta-vam ocorrendo no país. Por essa razão, sustentamos ter havido uma "onda de protestos" entre 2011 e 2016. Dentro desse cenário, buscamos observar um fenômeno específico: as greves por fora do sindicato – as chamadas greves selvagens, que ocorrem a despeito das direções não assumirem a tarefa de organizar e mobilizar os trabalhadores. Esta tese tem como obje-tivo discutir a emergência de algumas dessas greves na onda de protestos: dos operários da construção das UHE de Belo Monte, Jirau e Santo Antônio, e também do COMPERJ; dos rodoviários de São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre; e dos garis da cidade do Rio de Ja-neiro. Argumentamos que: a) apesar de situadas em setores econômicos distintos, essas gre-ves selvagens podem ser tratadas como um mesmo fenômeno; b) a mudança na Estrutura de Oportunidades Políticas (EOP) que desencadeou essa "onda de protestos" decorre da reloca-lização de frações de classes e de classes sociais que sustentavam o governo Dilma Rousseff (2011-2016); c) a estrutura sindical brasileira contribui para o recurso à greve selvagem; e d) a atuação mais pragmática e moderada dos sindicatos que organizam esses trabalhadores faz com que estes evitem a mobilização
Ver menos
Abstract: Over the last decade, Brazil has been shaken by social and political conflicts. The "Jornadas de Junho" of 2013 mark this period. However, even before that, various conflicts have been occurring in the country, indicating a "wave of protests" between 2011 and 2016. Within this scenario, we...
Ver mais
Abstract: Over the last decade, Brazil has been shaken by social and political conflicts. The "Jornadas de Junho" of 2013 mark this period. However, even before that, various conflicts have been occurring in the country, indicating a "wave of protests" between 2011 and 2016. Within this scenario, we seek to observe a specific phenomenon: strikes outside the union – the so-called wildcat strikes, which occur despite the management not assuming the task to organize and mobilize workers. This thesis aims to discuss the emergence of some of these strikes in this wave of protests: by the construction workers of the Belo Monte hydroelectric power plants, Madeira hydroelectric complex (CHM), and also by COMPERJ; the bus drivers and ticket collector in São Paulo, Rio de Janeiro and Porto Alegre; and street sweepers in the city of Rio de Janeiro. We argue that: a) despite being located in different economic sectors, these wildcat strikes can be treated as the same phenomenon; b) the change in the Structure of Political Opportunities (SPO) that triggered this "wave of protests" stems from the relocation of fractions of classes and social classes that supported the Dilma Rousseff government (2011-2016); c) the Brazilian trade union structure contributes to the use of wild strikes; and d) the more pragmatic and moderate performance of the unions that organize these workers makes them avoid mobilization
Ver menos
Aberto
Galvão, Andréia, 1971-
Orientador
Tatagiba, Luciana Ferreira, 1971-
Avaliador
Marcelino, Paula Regina Pereira, 1974-
Avaliador
Antunes, Ricardo, 1953-
Avaliador
Oliveira, Roberto Véras de
Avaliador
As greves selvagens na onda de protesto do Brasil (2011-2016)
Cauê Vieira Campos
As greves selvagens na onda de protesto do Brasil (2011-2016)
Cauê Vieira Campos