Avaliação da pressão de língua e deglutição após a esofagectomia subtotal
Jose Alfonso Vergara Herazo
DISSERTAÇÃO
Multilíngua
T/UNICAMP V586a
[Tongue pressue and swallowing after subtotal esophagectomy]
Campinas, SP : [s.n.], 2023.
1 recurso online (82 p.) : il., digital, arquivo PDF.
Orientador: Alfio José Tincani
Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas
Resumo: Introdução: Sabe-se que a diminuição da pressão de língua está relacionada ao desenvolvimento de pneumonia após a esofagectomia de curto prazo. Até então, a relação entre as pressões de língua e os eventos fisiológicos da deglutição após esofagectomia subtotal de longo prazo permanecem...
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Resumo: Introdução: Sabe-se que a diminuição da pressão de língua está relacionada ao desenvolvimento de pneumonia após a esofagectomia de curto prazo. Até então, a relação entre as pressões de língua e os eventos fisiológicos da deglutição após esofagectomia subtotal de longo prazo permanecem obscuras. O objetivo desta pesquisa foi avaliar o risco para disfagia, as pressões de língua em tarefas de isometria máxima e de deglutição de saliva e correlacioná-las com os eventos fisiológicos da fase oral e faríngea da deglutição, em pacientes submetidos a esofagectomia subtotal com preservação do esfíncter esofágico superior no pós-cirúrgico tardio maior que cinco meses. Métodos: Foi aplicado o questionário Eating Assessment Tool (EAT-10) para a avaliação do risco para disfagia. A pressão de língua foi mensurada usando o Iowa Oral Performance Instrument e incluiu a pressão isométrica máxima (Pmáx) anterior e posterior da língua, assim como a pressão durante a deglutição de saliva (PDD). Adicionalmente, os pacientes foram submetidos a um estudo de videofluoroscopia. Os eventos fisiológicos da deglutição foram avaliados usando o Modified Barium Swallow Impairment Profile (MBSImP) e a Penetration and Aspirations Scale (PAS). Foi usado o teste t de Student para a análise estatística das relações de interesse entre as variáveis, com nível de significância de 5%. Resultados: Dez sujeitos foram incluídos (8 homens, idade média ± DP = 58,9 ± 7,9 anos). O tempo de pós-operatório variou de 5 a 72 meses (média 29,6 m). O EAT-10 demonstrou que sete (77.8%) dos sujeitos, apresentavam risco para disfagia vários meses após a cirurgia. Os valores de pressão de língua foram altamente variáveis entre os participantes. Os valores em média foram: 46,1 kPa para a Pmáx anterior (DP ± 19,7); 37,9 kPa para a Pmáx posterior (DP ± 21,4) e 21,1 kPa para a PDD (DP ± 9,3). A análise de correlação entre as pressões de língua e os eventos fisiológicos da deglutição (escores MBSImP e PAS) revelaram que os valores de Pmáx anterior e posterior eram significativamente menores no grupo de pacientes com comprometimento da elevação laríngea, movimento da epiglote e pontuações anormais na escala PAS (aspiração silente). Dentro do grupo de pacientes com comprometimento da contração faríngea, a PDD era maior. Conclusões: A pressão da língua está relacionada com os eventos fisiológicos indispensáveis para a segurança da deglutição na amostra estudada. Postulamos que a mensuração objetiva da pressão de língua, associada a avaliação instrumental da deglutição, seja realizada em pacientes com esofagectomia subtotal de longo prazo que apresentam risco para disfagia. Futuras pesquisas devem esclarecer se os exercícios de fortalecimento da musculatura lingual teriam o potencial de diminuir a aspiração e o risco de pneumonia nesta população
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Abstract: Introduction: The relationship between reduced tongue pressure and pneumonia after short-term esophagectomy is known. However, the relationship among tongue pressures and the physiological events of swallowing after long-term subtotal esophagectomy remains unclear. The objective of this...
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Abstract: Introduction: The relationship between reduced tongue pressure and pneumonia after short-term esophagectomy is known. However, the relationship among tongue pressures and the physiological events of swallowing after long-term subtotal esophagectomy remains unclear. The objective of this research was to evaluate the risk for dysphagia, tongue pressures in maximal isometric and saliva swallowing tasks and to correlate them with the physiological events of the oral and pharyngeal phase of swallowing, in patients submitted to subtotal esophagectomy with preservation of the upper esophageal sphincter in the late postoperative period less than five months. Methods: Was applied the Eating Assessment Tool (EAT-10) questionnaire to assess the risk for dysphagia. Tongue pressure was measured using the Iowa Oral Performance Instrument, and included anterior and posterior maximum isometric pressure (maxP) of the tongue, as well as pressure during saliva swallowing (PSS). Additionally, we performed a videofluoroscopic swallowing study. The physiological swallowing events were scored using the Modified Barium Swallow Impairment Profile (MBSImP) and the Penetration and Aspirations Scale (PAS). Student's t test was used for the statistical analysis of the relationships of interest between the variables, with a significance level of 5%. Results: Ten subjects were included (8 men, mean age ± SD = 58.9 ± 7.9 years). The postoperative time ranged from 5 to 72 months (mean 29.6 m). The EAT-10 demonstrated that seven (77.8%) of the subjects were at risk for dysphagia several months after surgery. Tongue pressure values were highly variable among participants. The mean values were: 46.1 kPa for the anterior maxP (SD ± 19.7); 37.9 kPa for posterior maxP (SD ± 21.4) and 21.1 kPa for PSS (SD ± 9.3). Correlation analysis between tongue pressures and physiological swallowing events (MBSImP and PAS scores) revealed that anterior and posterior maxP values were significantly lower in the group of patients with impaired laryngeal elevation, epiglottic movement, and abnormal PAS scors. Within the group of patients with impaired pharyngeal contraction, PDD was higher. Conclusions: Tongue pressure is related to physiological events essential for swallowing safety in the sample studied. We postulate that objective measurement of tongue pressure, associated with instrumental assessment of swallowing, should be performed in patients with long-term subtotal eosphagectomy who are at risk for oroppharyngeal dysphagia. Future research should clarify whether lingual muscle strengthening exercises have the potential to decrease aspiration and the risk of pneumonia in this population
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Avaliação da pressão de língua e deglutição após a esofagectomia subtotal
Jose Alfonso Vergara Herazo
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Jose Alfonso Vergara Herazo