Resumo: Dialogamos com a concepção de comunidade de fala na perspectiva laboviana (LABOV, 2008 [1972], p.150), com base em (1) análises da concordância verbal e alternância pronominal com os pronomes nós e a gente, (2) análises da variação da concordância nominal e (3) avaliações explícitas a respeito da concordância de número. Tendo em vista julgamentos negativos sobre esses fenêmenos variáveis (SCHERRE; NARO, 2014) e discussões sobre sentimentos, dimensões e tipos de comunidades de fala (GUY, 2001; SCHERRE, 2006), discutimos resultados em amostras de fla de Vitória-ES, da Baixada Cuiabana-MT (SCHERRE; YACOVENCO; NARO, 2018) e da cidade de São Paulo-SP (OUSHIRO, 2015), e explicitamos avaliações diversas da voz goiana (MATTOS, 2013). As restrições linguísticas abordadas são tempo e paradigma verbal do modo indicativo para a concordância verbal e alternância pronominal; e processos morfológicos de formação do plural para a concordância nominal. Na discussão, enfatizamos a sistematicidade dos efeitos dos fatores, bem como questões identitárias locais que envolvem os fenômenos focalizados Ver menos