Docência no ensino superior [recurso eletrônico] : a autoeficácia em foco
José Marcos Vieira Júnior
TESE
Português
T/UNICAMP V673d
[Teaching in higher education]
Campinas, SP : [s.n.], 2023.
1 recurso online (266 p.) : il., digital, arquivo PDF.
Orientador: Soely Aparecida Jorge Polydoro
Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação
Resumo: As crenças de autoeficácia (AE) do professor do ensino superior (ES) constituem o objeto de estudo desta tese. Cuidou-se de analisá-las à luz das fontes de (in)formação que as constituem, também em cotejo com variáveis pessoais, contextuais, de formação e experiência docentes, bem como, com...
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Resumo: As crenças de autoeficácia (AE) do professor do ensino superior (ES) constituem o objeto de estudo desta tese. Cuidou-se de analisá-las à luz das fontes de (in)formação que as constituem, também em cotejo com variáveis pessoais, contextuais, de formação e experiência docentes, bem como, com variáveis de percepção do professor sobre sua experiência docente atual. Trata-se de pesquisa quantitativa, de tipo descritivo e correlacional, com ancoragem no arcabouço da Teoria Social Cognitiva (TSC). Para fins de recolha de dados utilizou-se três instrumentos: Questionário de caracterização do participante; Escala de Autoeficácia do Professor Universitário Brasileiro (EAPU) e Escala de Fontes de Autoeficácia Docente. Contou-se com a participação de 400 professores do Ensino Superior (ES), sendo 153 do sexo masculino e 247 do sexo feminino, que atuam em distintas Instituições de Ensino Superior (IESs) brasileiras, públicas e privadas. Alusivamente aos resultados, saliente-se que estes corroboraram, em parte, a teoria de fundo à guisa da qual foram analisados – a TSC – e outros estudos dela defluentes. Frisa-se que os participantes revelaram possuir níveis de AE de moderados a altos, isto em todos os fatores: ensino, pesquisa, gestão e extensão. Registra-se, entretanto, que, de entre os quatro fatores de AE examinados, o primeiro foi o que apresentou maior escore, indicando, assim, que os professores se percebem mais autoeficazes na dimensão do ensino. Relativamente às fontes de formação das crenças de AE, os resultados obtidos são assemelhados aos de outros estudos, guardam, inclusive, afinidades com os erigidos por Bandura Em termos não hierárquicos, dado que não diferiram entre si, para AE Ensino e AE Gestão as fontes mais fortemente associadas foram as experiências diretas e vicárias; para AE Pesquisa e AE Extensão, as experiências diretas, vicárias e persuasão social foram as fontes mais influentes. No que toca às correlações com as variáveis escrutinas, destaca-se que se indicou haver diferenças pequenas, mas estatisticamente significativas, no cotejo das variáveis: sexo, idade, natureza administrativa da instituição, horas-aula dedicadas à docência, percepção de apoio recebido do corpo administrativo das IESs e dos pares professores/as e satisfação profissional. Demonstrou-se haver também diferenças pequenas a médias, e estatisticamente significativas, na análise das variáveis tempo de experiência no ensino superior e vínculo empregatício. Acresce-se que se constatou diferença grande e estatisticamente significativa na análise da variável "sentir-se preparado para o exercício da docência superior", sendo que os participantes que se auto-declararam perceber, suficientemente ou muito preparados, foram também os que apresentaram os maiores escores nas variáveis AE Ensino e AE Pesquisa. Observou-se haver também diferença grande e estatisticamente significante no sopesamento com a variável "disposição ou não para continuar na docência no ES", dado que que os/as professores/as com maiores escores de AE foram também os que revelaram intermediária ou alta disposição para permanecer na carreira. Em conclusão, sugere-se que novos estudos sejam realizados atendo-se a aspectos comuns e diferenciais com outras investigações congêneres, isso com vistas à projeção de estratégias de intervenção a fim de robustecer essas crenças de capacidade, nas quatro dimensões aqui exploradas: ensino, pesquisa, gestão e extensão
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Abstract: Higher Education professor's self-efficacy beliefs are the object of study of this thesis. They were analyzed considering their sources combined with personal, contextual, educational, and teaching experience variables, as well as the professors' perceptions of their current teaching...
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Abstract: Higher Education professor's self-efficacy beliefs are the object of study of this thesis. They were analyzed considering their sources combined with personal, contextual, educational, and teaching experience variables, as well as the professors' perceptions of their current teaching experience. This study follows a quantitative approach of a descriptive and correlational nature and is grounded in Social Cognitive Theory (SCT). Data were collected through three instruments: The Participant Characterization Questionnaire, the Brazilian University Professor Self-Efficacy Scale, and the Scale of Teacher Self-Efficacy Sources. Four hundred higher education professors participated in the study, comprising 153 males and 247 females from various private and public higher education institutions (IESs) in Brazil. The findings of this investigation partially align with the perspective of SCT and correlate with previous research in this domain. Participants displayed moderate to high self-efficacy scores across all presented factors, encompassing teaching, research, management, and extension. Notably, the highest self-efficacy score was observed in the teaching dimension, indicating that professors perceive themselves as more self-efficacious in this realm. Regarding the sources of self-efficacy, the results were consistent with prior studies and aligned with Bandura's (1997) proposed sources. Mastery and vicarious experience were strongly associated with self-efficacy for teaching and self-efficacy for management, showing no significant differences between them. For self-efficacy in research and extension, mastery experience, vicarious experience, and social persuasion emerged as the most influential sources. In terms of correlations with other variables, small but significant differences were identified related to sex, age, type of institution, hours dedicated to teaching, perception of administrative and peer support, and personal satisfaction. Additionally, there were significant differences of small to medium magnitude related to years of experience in higher education and employment status. Besides, there was a large and statistically significant difference for the variable "feel prepared to teach in higher education". It means that participants who declared themselves enough or much prepared to teach displayed higher scores in self-efficacy to teach and self-efficacy to guide research. Professors who revealed medium to high disposition to keep in the career also had large and statistical differences with self-efficacy to teach and to guide research. Notably, a substantial and statistically significant difference emerged in the variable "feeling prepared to teach in higher education". Participants who indicated feeling sufficiently or highly prepared to teach exhibited higher self-efficacy scores in teaching and research. Professors with a medium to high inclination to remain in their careers also demonstrated significant differences in self-efficacy in teaching and research. In conclusion, this study suggests the need for further research that explores shared and distinct aspects compared to similar investigations. Such studies can inform the development of intervention strategies to enhance self-efficacy beliefs in the four dimensions examined in this research: teaching, research, management, and extension
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Aberto
Polydoro, Soely Aparecida Jorge, 1966-
Orientador
Fior, Camila Alves, 1978-
Avaliador
Costa Filho, Roraima Alves da
Avaliador
Bzuneck, José Aloyseo
Avaliador
Pirola, Nelson Antonio, 1969-
Avaliador
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José Marcos Vieira Júnior
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