Cidades e contra-racionalidades : ocupações urbanas em Campinas/SP (do Parque Oziel ao Jardim Campo Belo)
Helena Rizzatt, Adriana Maria Bernardes da Silva
ARTIGO
Português
[Cities and counter-rationalities]
Agradecimentos: Este artigo é resultado de pesquisa de mestrado parcialmente financiado pela CAPES
Resumo: A cidade de Campinas/SP, conhecida por sua pujança econômica, é composta também por uma extensa, diversa, fragmentada e empobrecida periferia urbana. Nesse artigo apresentamos parte de nossas pesquisas sobre o processo de urbanização de Campinas, enfatizando ...
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Resumo: A cidade de Campinas/SP, conhecida por sua pujança econômica, é composta também por uma extensa, diversa, fragmentada e empobrecida periferia urbana. Nesse artigo apresentamos parte de nossas pesquisas sobre o processo de urbanização de Campinas, enfatizando a periferização mais recente com início nos anos 1990 e marcada pelas ocupações de terras urbanas. Destacamos as duas maiores ocupações da cidade: a do Jardim Campo Belo e a do Parque Oziel, que somam hoje uma população de aproximadamente 80 mil pessoas. Ao longo das últimas décadas, os moradores dessas duas ocupações traçaram inúmeras ações para produzir e organizar uma fração da cidade de Campinas: construíram as habitações, edificaram igrejas e centros comunitários, distribuíram informalmente redes de energia e água. Seguiram lutando para ter acesso aos serviços públicos (transporte, saúde, educação) e, ao mesmo tempo, resistiram às constantes ameaças de desocupação. Buscamos aqui analisar e problematizar essas ações que permitiram a sobrevivência e a luta dessa população migrante, marginal e/ou excluída, considerando a) a formação do lugar; b) as ações das Associações de Moradores do Bairro; e c) a produção de informações ascendentes colocadas em circulação através de jornais locais e rádios comunitárias. Reconhecemos que nos limites da racionalidade dos sistemas econômico e político hegemônicos gestam-se contra-racionalidades, racionalidades paralelas, voltadas à sobrevivência, à reprodução e à resistência
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Abstract: The city of Campinas/SP, known for its economic strength, is also composed of an extensive, diverse, fragmented and impoverished urban periphery. In thispaper we present part of our research on the urbanization process of Campinas, emphasizing the most ...
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Abstract: The city of Campinas/SP, known for its economic strength, is also composed of an extensive, diverse, fragmented and impoverished urban periphery. In thispaper we present part of our research on the urbanization process of Campinas, emphasizing the most recent peripheralization that started in the 1990s and was marked by the occupations of urban land. We highlight the two largest occupations: the Jardim Campo Belo and Parque Oziel, that totalize a population of approximately 80,000 people organized by themselves to build a portion of the city: they built habitations, churches and community centers, informally distributed water and energy networks. They keptfighting to have access to the public services (transport, health, education) and, at the same time, resisted to the constant threats of vacation. We analyze the actions that allowed the survival and struggle of the migrant, marginal and excluded population, considering a) the place formation; b) the Neighborhood Residents Association’s actions; and c) the production of ascending information through newspapers and radios made in these urban occupations
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COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR - CAPES
Aberto
Cidades e contra-racionalidades : ocupações urbanas em Campinas/SP (do Parque Oziel ao Jardim Campo Belo)
Helena Rizzatt, Adriana Maria Bernardes da Silva
Cidades e contra-racionalidades : ocupações urbanas em Campinas/SP (do Parque Oziel ao Jardim Campo Belo)
Helena Rizzatt, Adriana Maria Bernardes da Silva
Fontes
Ra'e ga: o espaço geográfico em análise v.40, p. 211-230, jun. 2017 |