Orientadores: Cristiane Pereira Costa Dias, Greciely Cristina da Costa

Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem

Resumo: Nesta pesquisa, foi realizada uma análise da constituição dos sentidos presentes no discurso feminino na coletânea poética "Slam da Guilhermina 5.0/6.0", publicada em 2019. O objetivo era observar como a historicidade, memória e ideologia atravessam as formações discursivas dessas mulheres a...

Resumo: Nesta pesquisa, foi realizada uma análise da constituição dos sentidos presentes no discurso feminino na coletânea poética "Slam da Guilhermina 5.0/6.0", publicada em 2019. O objetivo era observar como a historicidade, memória e ideologia atravessam as formações discursivas dessas mulheres a respeito da luta feminina em um mundo machista e sexista, que limita sua liberdade e as submete a preconceitos e discriminação. O estudo se embasou na Análise de Discurso (AD) francesa proposta por Michel Pêcheux (1960) e muito difundido por Eni Orlandi no Brasil, que discute os processos discursivos e a materialidade da língua na história. A teoria analítica proposta reflete sobre as articulações entre sujeito, sociedade e sentidos, compreendendo como essas relações são constitutivas da linguagem, que não é transparente, mas sim incompleta e desloca sentidos através da história. O corpus selecionado para a pesquisa é composto pelos discursos das vencedoras das batalhas poéticas ocorridas em 2017 e 2018, nas ruas de São Paulo. Nos discursos dessas poetas, é possível observar a posição-sujeito de mulheres que resistem ao machismo e desestabilizam os discursos tradicionais acerca do feminino. A pesquisa contribui para refletir sobre as movimentações discursivas do feminino presente no Slam da Guilhermina/SP, sobre as mulheres como sujeitos-poetas que levam essa discussão para as ruas e produzem um outro sentido para o ser mulher. Os discursos analisados apresentam regularidades através de uma relação polissêmica, com metáforas e deslizes que marcam o discurso feminino no slam, sendo a poesia uma forma de legitimação do feminino

Abstract: In this research, an analysis was conducted of the constitution of meanings present in the femi-nine discourse in the poetic collection "Slam da Guilhermina 5.0/6.0", published in 2019. The objective was to observe how historicity, memory, and ideology intersect the discursive forma-tions...

Abstract: In this research, an analysis was conducted of the constitution of meanings present in the femi-nine discourse in the poetic collection "Slam da Guilhermina 5.0/6.0", published in 2019. The objective was to observe how historicity, memory, and ideology intersect the discursive forma-tions of these women regarding the feminist struggle in a sexist and misogynistic world that limits their freedom and subjects them to prejudice and discrimination. The study was based on the French Discourse Analysis (DA) proposed by Michel Pêcheux (1960) and widely spread by Eni Orlandi in Brazil, which discusses discursive processes and the materiality of language in history. The proposed analytical theory reflects on the articulations between subject, society, and meanings, understanding how these relationships are constitutive of language, which is not transparent but rather incomplete and displaces meanings throughout history. The corpus se-lected for the research consists of the speeches of the winners of the poetic battles that took pla-ce in 2017 and 2018, in the streets of São Paulo. In these poets' speeches, it is possible to ob-serve the subject-position of women who resist misogyny and destabilize traditional discourses about the feminine. The research contributes to reflecting on the discursive movements of the feminine present in Slam da Guilhermina/SP, about women as poet-subjects who bring this discussion to the streets and propose a new vision of what it means to be a woman. The analy-zed speeches reveal regularities, a polysemic connection with metaphors and slips that mark the feminine discourse in the slam, with poetry being a way of legitimizing the feminine

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