Orientador: Daniela Tonelli Manica

Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem

Resumo: Os estudos que aqui compartilho têm como principal interesse materializar através da escrita, experiências de nós mulheres negras dentro do telejornalismo brasileiro. E para a construção dessa narrativa, convido as jornalistas Joyce Ribeiro e Luciana Barreto, para compartilhar de suas...

Resumo: Os estudos que aqui compartilho têm como principal interesse materializar através da escrita, experiências de nós mulheres negras dentro do telejornalismo brasileiro. E para a construção dessa narrativa, convido as jornalistas Joyce Ribeiro e Luciana Barreto, para compartilhar de suas vivências, e transcorrê-las junto à minha dissertação. Para além disso, buscamos nas teorias do feminismo negro uma melhor compreensão que abarca as subjetividades de nós mulheres negras, e estudos da comunicação. O percurso metodológico parte de uma pesquisa situada, onde escolho escrever sobre as jornalistas, entrecruzando minhas experiências em primeira pessoa. Neste sentido, o trabalho pretende abordar questões do racismo, e a representatividade das mulheres negras que ocupam espaços de poder na imprensa. Procuro entender as lacunas da atual estrutura jornalística ea dificuldade de acesso de outras jornalistas negras no telejornal brasileiro. Trago as autoras HOOKS (2019a e 2019b), CARNEIRO (2009), GONZALEZ (1983)para tratar de nós mulheres negras e representatividade, KILOMBA (2019) para analisar gênero, racismo e o silenciamento, MAIGRET (2010) para estudos das Mídias, REZENDE (2000) entre outros para tratar sobre o telejornalismo. Como resultados parciais, a pesquisa aponta que são muitas as barreiras raciais e sexistas que encontramos no percurso de nossas trajetórias. É possível notar também que o colonialismo, mesmo após o processo de emancipação, se reinventou, ocasionando a colonialidade e a perpetuação de estruturas violentas de dominação contra as mulheres negras. Todos os dias, uma jornalista negra é atingida por uma dessas violências dentro ou fora da redação. Apesar das constantes denúncias e reivindicações, continuamos sendo atravessadas pela dinâmica de dominação racial. Diante dessas perspectivas, mostro através dos casos estudados como existe muito trabalho a ser feito para que tenhamos um cenário mais inclusivo e diverso dentro dos telejornais brasileiros

Abstract: The studies that I share here have as their main interest to materialize through writing, experiences of us black women within Brazilian television journalism. And for the construction of this narrative, I invite the journalists Joyce Ribeiro and Luciana Barreto, to share their...

Abstract: The studies that I share here have as their main interest to materialize through writing, experiences of us black women within Brazilian television journalism. And for the construction of this narrative, I invite the journalists Joyce Ribeiro and Luciana Barreto, to share their experiences, and run them along with my dissertation. In addition, we seek in black feminist theories a better understanding that encompasses the subjectivities of us black women, and communication studies. The methodological course starts from a situated research, where I choose to write about the journalists, intertwining my first-person experiences. In this sense, the work intends to address issues of racism, and the representation of black women who occupy spaces of power in the press. I try to understand the gaps in the current journalistic structure and the difficulty of access for other black journalists in the Brazilian television news. I bring the authors HOOKS (2019a and 2019b), CARNEIRO (2009), GONZALEZ (1983) to deal with us black women and representation, KILOMBA (2019) to analyze gender, racism and silencing, MAIGRET (2010) for Media studies, REZENDE (2000) among others to deal with telejournalism. As partial results, the research points out that there are many racial and sexist barriers that we encounter in the course of our trajectories. It is also possible to note that colonialism, even after the emancipation process, reinvented itself, causing coloniality and the perpetuation of violent structures of domination against black women. Every day, a black journalist is hit by one of these types of violence inside or outside the newsroom. Despite constant denunciations and claims, we continue to be crossed by the dynamics of racial domination. Given these perspectives, I show through the case studies how there is a lot of work to be done so that we have a more inclusive and diverse scenario within Brazilian television news

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