Resumo: A satisfação no trabalho, além de fator de motivação profissional, tem impacto na saúde dos trabalhadores e na enfermagem, podendo influenciar na segurança aos pacientes. Diante da pandemia da Covid-19, profissionais de enfermagem vivenciaram alterações nas rotinas de trabalho, seja na gestão ou na assistência, com variações da carga de trabalho e redefinições de processos assistenciais. O presente estudo teve como objetivos: avaliar a satisfação com o trabalho pelos profissionais que atuaram na assistência e na gestão durante a pandemia da Covid-19; e correlacionar a satisfação profissional com variáveis sociodemográficas, como sexo, idade, escolaridade, estado marital, tempo de trabalho na instituição, categoria profissional e número de vínculos empregatícios. Trata-se de um estudo correlacional, com delineamento transversal. Os participantes do estudo trabalham com jornada semanal de 30 horas, em um hospital de alta complexidade, de ensino, no interior do estado de São Paulo. A amostra do estudo foi de 334 participantes. A coleta de dados foi viabilizada por e-mail institucional enviado a todos os profissionais de enfermagem da instituição. Foram elegíveis todos os 814 enfermeiros e 1212 técnicos de enfermagem. Os critérios de exclusão foram: licença médica por período superior a 15 dias durante o período de coleta de dados. Os dados foram analisados descritivamente e por regressão linear, o nível de significância adotado foi de 0,05. A maioria, 72,37%, dos profissionais relatou ambivalência, ou seja, nem satisfeito e nem insatisfeito; 27,03% estavam satisfeitos com o trabalho; e apenas 0,90% relataram insatisfação com o trabalho. O tempo de trabalho na enfermagem e na instituição resultou em uma correlação negativa de fraca magnitude. Não houve correlação significativa entre a satisfação profissional com outras variáveis. Os achados indicam um caminho para que gerentes e formuladores de política em saúde façam investimentos em planos de carreira e ambiente de trabalho que melhorem as condições dos trabalhadores de enfermagem Ver menos

Abstract: Job satisfaction, besides being a factor in professional motivation, has an impact on the health of workers and on nursing, and can influence patient safety. In view of the Covid-19 pandemic, nursing professionals have experienced changes in their work routines, whether in management or in care, with variations in workload and redefinition of care processes. This study had the following objectives: to evaluate job satisfaction among professionals who worked in care and management during the Covid-19 pandemic; and to correlate job satisfaction with sociodemographic variables such as gender, age, education, marital status, time of service in the institution, professional category, and number of employment relationships. This is a correlational study with a cross-sectional design. The study participants work a 30-hour weekly shift at a highly complex teaching hospital in the interior of Sao Paulo state. The study sample was 334 participants. Data collection was made possible by institutional e-mail sent to all nursing professionals at the institution. All 814 nurses and 1,212 nursing technicians were eligible. The exclusion criteria were: medical leave for more than 15 days during the data collection period. The data was analyzed descriptively and by linear regression, the significance level adopted was 0.05. The majority, 72.37%, of the professionals reported ambivalence, that is, neither satisfied nor dissatisfied; 27.03% were satisfied with their work; and only 0.90% reported dissatisfaction with their work. The time of service in nursing and in the institution resulted in a weak negative correlation. There was no significant correlation between job satisfaction with other variables. The findings indicate a path for managers and health policy makers to make investments in career plans and work environment that improve conditions for nursing workers Ver menos