Resumo: Milton Friedman e George Stigler foram dois dos mais importantes economistas de uma das mais importantes escolas de pensamento econômico do século XX, a Escola de Chicago. Apesar disso, eles discordaram notadamente sobre qual deveria ser o relacionamento apropriado entre economistas e políticas econômicas. Esta Dissertação é uma investigação de sua divergência neste tópico. Primeiro, observamos o nascimento da Escola de Chicago, destacando o espaço para divergências e desacordos intelectuais que ela deixava aberto. Então investigamos a divergência de Friedman e Stigler como ela se desenvolveu historicamente, chegando no que parece ser seu aspecto essencial: enquanto Friedman entendia legítimo e eficiente intervir diretamente sobre a formulação de políticas, Stigler entendia que era legítimo e eficiente fazê-lo mediado pela comunidade científica. Por fim, tentamos uma explicação de sua divergência fazendo recurso ao conceito do mercado de ideias, que pretende servir como uma epistemologia dos economistas. Este último esforço é bastante mais tentativo devido ao estado ainda subdesenvolvido do mercado de ideias como conceito, mas chegamos à conclusão de que diferenças quanto à permissibilidade para comportamentos não racionais e quanto ao lugar atribuído ao mercado de ideias científicas em particular podem ser fatores explicativos de sua divergência Ver menos

Abstract: Milton Friedman and George Stigler were two of the most important economists of one of the most important schools of economic thought in the twentieth-century, the Chicago School of Economics. Nonetheless, they notably disagreed on what should be the appropriate relationship of economists to economic policies. This Dissertation is an investigation of their divergence on this topic. We first delve into the birth of the Chicago School, highlighting the space for intellectual divergence and disagreement that it left open. We then investigate Friedman and Stigler’s divergence as it unfolded historically, arriving at what seems to be its essential aspect: Friedman thought it legitimate and efficient to intervene directly on policies, whereas Stigler thought it legitimate and efficient to do so mediated by the scientific community. Finally, we attempt an explanation of their divergence by resorting to the marketplace of ideas concept, which is meant to serve as the economists’ epistemology. This last effort is much more tentative due to the marketplace of ideas’ still underdeveloped state as a concept, but we reached the conclusion that differences in the allowance for nonrational behavior and in the place allotted to the marketplace for scientific ideas in particular may be explanatory factors of the their divergence Ver menos