Resumo: Introdução: A reabilitação Cardiovascular é um dos componentes essenciais para a prevenção secundária, constituindo um componente de designe multifatorial que melhora a funcionalidade física e social dos pacientes. Em função da Pandemia de COVID19 e a obrigatoriedade de isolamento social, surgiu a impossibilidade de manutenção de alguns programas de reabilitação cardiovascular e assim, a alternativa de manutenção de programas virtuais teve que ser adotada. O objetivo deste estudo foi identificar se os programas de telerreabilitação cardiovascular podem aumentar a capacidade funcional, a aptidão cardiorrespiratória e a qualidade de vida (QV) na mesma extensão da reabilitação presencial em adultos idosos, através de meta-análise de estudos anteriores. Métodos. A pesquisa bibliográfica foi realizada de outubro de 2020 até abril de 2022, em 4 bancos de dados para selecionar testes controlados de efeitos de telerreabilitação cardiovascular sobre a funcionalidade (teste de caminhada de seis minutos [TC6]), aptidão cardiorrespiratória (consumo máximo de oxigênio [VO2máx]), e QV em adultos idosos (> 50 anos). Foi realizada uma revisão sistemática de acordo com recomendações metodológicas para Systematic Reviews and Meta-Analysis (PRISMA). Resultados. A partir dos dados levantados, seguindo os telerreabilitação cardiovascular melhorou TC6 (11,14m [CI95%=8,03;14,26], p<0,001), VO2máx (1,18ml/kg/min [CI95% =0,70; 1,66], p<0,001), e QV (diferença média padronizada [DMP]=0,36 [CI95%=0,05;0,67], p=0,02). A telerreabilitação cardiovascular aumentou o VO2máx para uma extensão maior que reabilitação cardiovascular presencial (1,08ml/kg/min [0,39; 1,76], p=0,002). Embora as análises de TC6 e VO2máx se mostraram consistentes e homogêneas, a análise de QV mostrou inconsistência considerável (I2=92,90%), sugerindo a necessidade de estudos explorando o efeito do T-REAB-CV sobre a QV nesta população. Parte desta heterogeneidade foi explicada pelas diferenças de idade, já que a telerreabilitação melhorou a QV em adultos >65 anos, mas não em adultos <64 anos. Conclusão. A telerreabilitação melhorou a aptidão cardiorrespiratória para um nível igual ou superior a reabilitação presencial, e melhorou a funcionalidade e a QV; sendo principalmente eficaz para QV em adultos mais velhos >65anos. Assim, a telerreabilitação cardiovascular pode ser uma boa alternativa e pode ser considerado especialmente para indivíduos com alguma acessibilidade limitada para participar de programas presenciais Ver menos

Abstract: Introduction: Cardiovascular rehabilitation is an essential component of secondary prevention, multifaceted interventions designed to improve physical and social functioning. The obligation of social isolation caused by the recent Coronavirus pandemic, made some CV-REHAB programs impossible to be maintained and underscored the urgent need for virtual assistance. In this way, CV telerehabilitation (CV-T-REHAB) came up as an alternative to presential cardiovascular rehabilitation (CV-P-REHAB).The aim was to identify whether cardiovascular telerehabilitation programs (CV-T-REHAB) can increase functional capacity, cardiorespiratory fitness and quality of Life (QoL) to the same extend of presential rehabilitation (CV-P-REHAB) in older adults, by meta-analysis of previous studies. Methods. Literature search was conducted from October 2020 to April 2022, in 4 databases to select controlled trials of CV-T-REHAB effects on functionality (six?minute walk test [6MWT]), cardiorespiratory fitness (maximal oxygen consumption [VO2máx]), and QoL in older adults (> 50 years. This systematic review was reported according to the recommendations of Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analysis (PRISMA). Results. CV-T-REHAB improved 6MWT (11.14m[CI95%=8.03;14.26], p<0.001), VO2máx (1.18ml/kg/min [CI95% =0.70; 1.66], p<0.001), and QoL (standardized mean difference [SMD]=0.36 [CI95%=0.05;0.67], p=0.02). CV-TREHAB increased VO2máx to a greater extent than CV-P-REHAB (1.08ml/kg/min [0.39; 1.76], p=0.002). Although the 6MWT and VO2máx analyses proved consistent and homogeneous, the QoL analysis showed considerable inconsistency (I2=92.90%), suggesting the need for studies exploring the effect of CV-T-REHAB on QoL in this population. Part of this heterogeneity was explained by age differences, as CV?TREHAB improved QoL in adults >65 years, but not in adults <64 years. Conclusion. CV-T-REHAB improved cardiorespiratory fitness to a level equal to or higher than CV-PREHAB, and improved functionality and QoL; being mainly effective for QoL in older adults >65y.Thus, CV-T-REHAB can be a good alternative, when not the best option and might be considered especially for individuals with some limited accessibility to participate in face-to-face programs Ver menos