Integração comercial e especialização produtiva [recurso eletrônico] : Brasil e sua relação com os demais BRICS (2010-2020)
Vinícius Lima de Oliveira
TCC
Português
TCC DIGITAL/UNICAMP OL4i
Campinas, SP : [s.n.], 2021.
1 recurso online (78 p.) : il., digital, arquivo PDF.
Orientador: Alex Wilhans Antonio Palludeto
Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Economia
Resumo: A política externa brasileira avançou na agenda multilateral nos últimos anos. Impulsionado pela ascensão econômica das chamadas economias emergentes, o Brasil buscou aproximação com os países do eixo Sul, com o intuito de maior integração e cooperação entre os países periféricos. Nesse...
Ver mais
Resumo: A política externa brasileira avançou na agenda multilateral nos últimos anos. Impulsionado pela ascensão econômica das chamadas economias emergentes, o Brasil buscou aproximação com os países do eixo Sul, com o intuito de maior integração e cooperação entre os países periféricos. Nesse sentido, o acrônimo BRIC surgiu, inicialmente no mundo financeiro, para destacar um conjunto de economias emergentes que apresentavam maior capacidade de crescimento e de relevância no cenário global. Formado por Brasil, Rússia, Índia e China, o grupo passou a efetivamente empreender esforços para atuação conjunta. Com a inclusão da África do Sul, o grupo passou a ser denominado de BRICS. Sobretudo por meio das cúpulas anuais que organizam, os BRICS constituíram espaços de discussões para promoção e fomento, entre outras coisas, do comércio entre seus membros. Nessa direção, os BRICS procuraram desenvolver maior cooperação Sul-Sul, com ênfase nas necessidades do mundo periférico. O Brasil, diante da possibilidade de aumentar seus parceiros comerciais e de reduzir sua dependência frente às economias do Norte, esforçou-se no sentido de ampliar os fluxos comerciais com os países dos BRICS. Apesar desse esforço, o comércio brasileiro com os BRICS cresceu, entre 2010 e 2020, de forma assimétrica e irregular. Por meio da análise apresentada neste trabalho, observou-se que a China tem destaque no comércio internacional brasileiro, enquanto os outros países do grupo são comparativamente menores e comercialmente pouco relevantes no total dos fluxos comerciais brasileiros e de seus principais produtos. Além disso, dos setores econômicos brasileiros, apenas o primário, relacionado às commodities agrícolas e minerais, apresentaram crescimento
significativo no período. Por outro lado, as importações brasileiras dos BRICS são quase em sua totalidade compostas por produtos manufaturados. Tendo isso em mente, o trabalho busca contextualizar as principais explicações apresentadas na literatura para explicar as razões para a especialização comercial do Brasil com os BRICS e quais as ações que podem ser aplicadas para mitigá-la. Entre as possíveis explicações para tal comportamento, o trabalho concentrou-se em apresentar a "doença holandesa", a inserção brasileira nas cadeias globais de valor, o "custo Brasil" e as vantagens comparativas. Este trabalho conseguiu concluir que há sobreposição entre os fatores explicativos, o que reforça o ciclo do padrão comercial do Brasil com os BRICS. Nesse sentido, haveria necessidade conjunta de políticas públicas relacionada às políticas industrial, cambial e comercial, principalmente, no intuito de mitigar os efeitos da especialização comercial no padrão do comércio Brasil-BRICS Ver menos
significativo no período. Por outro lado, as importações brasileiras dos BRICS são quase em sua totalidade compostas por produtos manufaturados. Tendo isso em mente, o trabalho busca contextualizar as principais explicações apresentadas na literatura para explicar as razões para a especialização comercial do Brasil com os BRICS e quais as ações que podem ser aplicadas para mitigá-la. Entre as possíveis explicações para tal comportamento, o trabalho concentrou-se em apresentar a "doença holandesa", a inserção brasileira nas cadeias globais de valor, o "custo Brasil" e as vantagens comparativas. Este trabalho conseguiu concluir que há sobreposição entre os fatores explicativos, o que reforça o ciclo do padrão comercial do Brasil com os BRICS. Nesse sentido, haveria necessidade conjunta de políticas públicas relacionada às políticas industrial, cambial e comercial, principalmente, no intuito de mitigar os efeitos da especialização comercial no padrão do comércio Brasil-BRICS Ver menos
Abstract: Brazil’s external politics has advanced in the multilateral agenda in the last years. Driven by the economic growth seen in emerging countries, Brazil has aimed for closer relations with South nations, with the goal of accomplishing bigger integration and cooperation between peripheral...
Ver mais
Abstract: Brazil’s external politics has advanced in the multilateral agenda in the last years. Driven by the economic growth seen in emerging countries, Brazil has aimed for closer relations with South nations, with the goal of accomplishing bigger integration and cooperation between peripheral countries. In this context, the acronym BRIC emerged, initially in the financial world at first, to represent the emerging countries that had greater capacity of growth and relevance in the global scenario. Formed by Brazil, Russia, India and China, the group began to effectively undertake joint efforts. With the inclusion of South Africa, the group renamed the BRICS. Above all through the annual summits they organize, the BRICS have created spaces for discussions to promote and foster, among other things, trade among their members. In this direction, the BRICS sought to develop greater South-South cooperation, with an emphasis on the needs of the peripheral world. Brazil, before the possibility of expanding its commerce partners and reducing the dependency from Northern countries, has made an effort in attempting to have a wider commerce flux with the BRICS nations. Despite this effort, Brazilian trade with BRICS has grown, between 2010 and 2020, asymmetrically and irregularly. By the analysis in this research, it’s noticeable that China has emphasis when it comes to Brazil’s international commerce, while the remaining nations of the group are comparably smaller and commercially less relevant to Brazil. Furthermore, out of all Brazilian sectors, only the primary, related to agricultural and mining commodities, has shown relevant growth. On the other hand, Brazilian importations from BRICS are almost exclusively manufactured products. Having this in mind, this research seeks to contextualize the main explanations presented in the literature to explain the reasons for Brazil's trade specialization with the BRICS and what actions can be applied to mitigate it. Among the plausible reasons for such a scenario, the research has focused on showcasing the Dutch disease, the Brazilian insertion into valuable global chains, the "Brazil cost" and the natural comparable advantages. This work managed to conclude that there is an overlap between the explanatory factors, which reinforces the cycle of Brazil's trade pattern
Ver menos
Requisitos do sistema: Software para leitura de arquivo em PDF
Integração comercial e especialização produtiva [recurso eletrônico] : Brasil e sua relação com os demais BRICS (2010-2020)
Vinícius Lima de Oliveira
Integração comercial e especialização produtiva [recurso eletrônico] : Brasil e sua relação com os demais BRICS (2010-2020)
Vinícius Lima de Oliveira