Efeitos do tratamento corona nas propriedades mecânicas em tecido de poliéster
ARTIGO
Português
Fibras de poliéster são largamente empregadas industrialmente, principalmente na indústria têxtil. Nesta indústria, o poliéster é muito utilizado em forma de fibras e necessita de modificações em sua superfície no sentido de ampliar suas aplicações. Técnicas estão sendo desenvolvidas para melhorar...
Fibras de poliéster são largamente empregadas industrialmente, principalmente na indústria têxtil. Nesta indústria, o poliéster é muito utilizado em forma de fibras e necessita de modificações em sua superfície no sentido de ampliar suas aplicações. Técnicas estão sendo desenvolvidas para melhorar suas propriedades
físico-químicas, e dentre estas vem se destacando a técnica corona. Com objetivos de ajudar tais pesquisas o presente trabalho investiga o impacto do tratamento corona nas propriedades de alongamento e ruptura em tecido de poliéster. Os módulos de força de ruptura e alongamento exigidos desse material dependem da aplicação final; por exemplo, valores de força de ruptura em torno de 30 kgf, são suficientes para tecidos destinados à fabricação de alguns tipos de lençóis, enquanto para algumas aplicações na indústria de abrasivos, são necessários valores em torno de 160 kgf, e por isso é importante entender os impactos causados pelos processos de fabricação e tratamentos nas propriedades do tecido. No presente trabalho estudaram-se propriedades de alongamento e ruptura, em tecidos de poliéster, nos sentidos da trama e do urdume, antes e após tratamento corona, utilizando-se ensaios de tração, e com a técnica de microscopia eletrônica exploratória (SEM), observou-se o aspecto físico das fibras. Os resultados mostram que no sentido da trama a força de ruptura e o alongamento antes do tratamento eram de 138,0 kgf e 16,6%, e após o tratamento 118,5 kgf e 21,3%, resultando assim numa redução de 14,1 % e 11,9% para força de ruptura e alongmento respectivamente; sendo que no sentido do urdume antes do tratamento eram de 91,0 kgf e 21,3%, e após o tratamento 81,6 kgf e 19,1%, indicando redução de 10,3% para força de ruptura e também para o alongamento. Os resultados de SEM mostram que ocorreram mudanças em algumas regiões do tecido, e isto devem resultar na diminuição dos valores das forças anteriormente mencionadas. Por outro lado sabe-se de trabalhos anteriores que o tratamento corona aumenta a hidrofilidade das fibras de poliéster, podendo ser um substituto de técnicas químicas convencionais de tratamento de superfície. Assim o uso do tratamento corona deve ser muito bem avaliado com relação ao valor final de tais propriedades
Fechado
Texto completo: https://www.abqct.com.br/2019/06/03/edicao-121/
Efeitos do tratamento corona nas propriedades mecânicas em tecido de poliéster
Efeitos do tratamento corona nas propriedades mecânicas em tecido de poliéster
Fontes
Química têxtil Vol. 121 (dez., 2015), p. 62-72 |