Orientador: Vanderley P. Canhos

Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia de Alimentos

Resumo: Os fungos vêm sendo caracterizados bioquimicamente por meio de várias técnicas, entre elas o perfil de seus ácidos graxos identificados por cromatografia gás-líquida, já bastante utilizada como ferramenta quimiotaxonômica para a caracterização e identificação de bactérias e leveduras. No...

Resumo: Os fungos vêm sendo caracterizados bioquimicamente por meio de várias técnicas, entre elas o perfil de seus ácidos graxos identificados por cromatografia gás-líquida, já bastante utilizada como ferramenta quimiotaxonômica para a caracterização e identificação de bactérias e leveduras. No presente estudo fez-se uso desta técnica para a caracterização bioquímica de linhagens de nove fungos da ordem Mucorales (classe Zigomicetos) e de um representante assexuai da classe Ascomicetos, Volutella sp. Os ésteres metálicos de ácidos graxos de cada linhagem foram analisados qualitativamente por cromatografia gás-líquida e identificados frente a um padrão adequado para fungos da classe Zigomicetos. As linhagens foram agrupadas de acordo com a similaridade dos seus perfis dos ésteres metüicos de ácidos graxos. Os ácidos graxos encontrados em todas as linhagens foram o ácido palmítico (16:0), oleico (18:loo9), linoléico (18:2íú6) e y-linolênico (18:3cú6), com exceção deste último que não foi encontrado em Volutella sp. Foram obtidos marcadores quimiotaxonômicos para algumas linhagens; o ácido graxo não identificado FAME8 (com 27,92 e 28,28 minutos como tempos de retenção mínimo e máximo) para Rhizomucor miehei CCT 2236 e Rhizomucor usillus CCT 4133 e o ácido graxo não identificado FAME3 (com 16,53 e 16,61 minutos como tempos de retenção mínimo e máximo) para Benjaminiella youngii CCT 4121. Para a ordem Mucorales o marcador quimiotaxonômico obtido foi o ácido graxo 18:3(ú6, confirmando dados da literatura. Este estudo sugere que o perfil de ácidos graxos pode ser um útil critério quimiotaxonômico na caracterização destes fungos, junto à taxononomia convencional

Abstract: The fungi have been biochemicaOy characterised by means of several techniques, including the profile of their fatty acids identified by gas liquid chromatography, which is already a widely used chemotaxonomic tool for characterisation and identification of bacteria and yeasts. In the...

Abstract: The fungi have been biochemicaOy characterised by means of several techniques, including the profile of their fatty acids identified by gas liquid chromatography, which is already a widely used chemotaxonomic tool for characterisation and identification of bacteria and yeasts. In the present study this technique was applied to the biochemical characterisation of strains of nine fungi belonging to the order Mucorales (Zygomycetes) and one asexual representative belonging to the Ascomycetes. The fatty acid methyl esters from each strain were qualitatively analysed by gas liquid chromatography using a standard suitable for Zygomycetes fungi. The strains were clustered according to the fatty acid methyl esters profiles similarities. The fatty acids present in all strains were palmitic (16:0), oleic (18:lco9), Hnoleic (18:2w6) and y-linolerric acid (18:3(06), with the exception that the last one was not found in Volutella sp. Chemotaxonomic markers were obtained for a few strains, the non-identified fatty acid FAME8 (with 27,92 and 28,28 minutes as rninimum and maximum retention times) for Rhizomucor miehei CCT 2236 and Rhizomucor pusillus CCT 4133, and the non-identified fatty acid FAME3 (with 16,53 and 16,61 minutes as minimum and maximum) for Benjaminiella youngii CCT 4121. For the order Mucorales the obtained chemotaxonimic marker was the fatty acid 18:3co6, confirming the literature data. This study suggests that fatty acid profiles may be a useful chemotaxonomic criterion to be applied in addition to the morphological taxonomy of these fungi