Orientador: Raquel Pereira Chainho Gandini

Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação

Resumo: O presente trabalho evidencia a existência de um movimento oscilante e recorrente de reformas na educação pública paulista que, ora produz medidas inovadoras, ora reproduz essas medidas, ora une o produzir e o reproduzir em um mesmo momento. Nesse sentido, analisamos duas reformas...

Resumo: O presente trabalho evidencia a existência de um movimento oscilante e recorrente de reformas na educação pública paulista que, ora produz medidas inovadoras, ora reproduz essas medidas, ora une o produzir e o reproduzir em um mesmo momento. Nesse sentido, analisamos duas reformas educacionais ocorridas no Estado de São Paulo: o Ciclo Básico, implantado em 1983, e a Reforma do Ensino Primário ocorrida entre 1967 e 1970. Dentre os aspectos que assemelham as reformas podemos citar: a modificação da organização escolar seriada, o remanejamento de alunos, promoção automática, recuperação, respeito às diferenças individuais e do ritmo de aprendizagem do aluno, dentre outras medidas. Além desses aspectos as reformas têm um personagem em comum: o prof. José Mário P. Azanha, que teve participação fundamental nas reformas supracitadas. Seja através da produção de medidas inovadoras, ou através da reprodução das mesmas, as reformas analisadas trouxeram contribuições à educação pública paulista. A contribuição seria mais significativa se a reforma reprodutora que implantou o Ciclo Básico, não tivesse apenas reproduzido o passado mas, também, tivesse feito referência a este. Assim sendo, o Ciclo Básico obscureceu a história da educação paulista e dos personagens que dela participaram ao mesmo tempo que camuflou a reprodução de medidas reformadoras de forma criativa, sob novos rótulos