A indexação dos contratos financeiros em contexto de alta inflação : o caso brasileiro (1964-1990)
DISSERTAÇÃO
Português
T/UNICAMP M662i
Campinas, SP : [s.n.], 1995.
246f.
Orientador: Luiz Carlos Mendonça de Barros
Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Economia
Resumo: A indexação dos contratos financeiros foi concebida, tanto teoricamente como quando de sua introdução no Brasil,
como mecanismo fundamental que neutralizaria os efeitos da inflação. Ela evitaria a redistribuição inesperada de renda, protegeria
os "pequenos poupadores", eliminaria o risco...
Resumo: A indexação dos contratos financeiros foi concebida, tanto teoricamente como quando de sua introdução no Brasil,
como mecanismo fundamental que neutralizaria os efeitos da inflação. Ela evitaria a redistribuição inesperada de renda, protegeria
os "pequenos poupadores", eliminaria o risco inflacionário, assegura ria o financiamento de longo prazo e evitaria a desintermediação
financeira. Esta dissertação avalia a capacidade de a indexação proporcionar tais benefícios, principalmente em contexto de alta infla-
ção. Partindo do referencial teórico pós-keynesiano, procura-se mostrar as dificuldades existentes para a indexação cumprir com as
funções citadas. O texto destaca os problemas na formação de circuitos financeiros indexados, enfatizando a relutância dos agentes
na assunção de dívidas pós-fixadas. Analisa também o processo de encurtamento dos prazos contratuais - cuja expressão limite são as quase-moedas - e os fatores que afetam a qualidade do indexador de ordem técnica ou decorrentes da ação governamental. A experiência abordada é a brasileira, no largo período de 1964 até 1990. Procura-se evidenciar como concretamente tiveram manifestação todas essas dificuldades concernentes à indexação. Assume destaque o papel do Estado corno emissor inicial e principal
de obrigações pós-fixadas e simultaneamente corno "desvirtuador" do processo indexatório
Abstract: Not informed.