Orientador: Ana Maria Torezan

DissertaçãO (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação

Resumo: Este trabalho tem como objetivo discutir a integração social do deficiente mental, enquanto um processo que se inicia na/pela família e não exclusivamente na escola. Destaca a mãe, dentre os outros membros da família, por considera-la a mediadora e o instrumento mais presente no processo de...

Resumo: Este trabalho tem como objetivo discutir a integração social do deficiente mental, enquanto um processo que se inicia na/pela família e não exclusivamente na escola. Destaca a mãe, dentre os outros membros da família, por considera-la a mediadora e o instrumento mais presente no processo de desenvolvimento psico-social do filho. A técnica de trabalho utilizada foi a entrevista semi-estruturada, à qual foram submetidas 12 (doze) mães de crianças diagnosticadas como deficientes mentais, alunos do Centro de Reabilitação Piracicaba (CRP). As entrevistas foram gravadas e as falas das mães, organizadas em 09 (nove) categorias de análise. Foram levantados, também, dados do prontuário dos respectivos filhos, material constante dos arquivos da instituição. A análise revelou que as mães buscam identificar as causas do problema com base em fatores biológicos. Possuem pouca informação sobre a deficiência, e têm diferentes formas de agir e avaliar o filho. Seu modo de trata-los é influenciado, em parte, pela atividade profissional que exercem e pelas variáveis sexo e idade do filho. Suas expectativas também sofrem as influências dessas variáveis e algumas são correspondidas pelo filho, enquanto que outras não. Há, além disso, certos conflitos na relação pais-profissionais da área os quais merecem maior atenção. Todos esses aspectos estão inter-relacionados e influenciam diretamente no processo de integração social do deficiente. o conjunto das análises permitiu inferir que o processo de integração social do deficiente mental necessita ser repensado, considerando-o como um processo que se inicia na/pela família. Repensar o processo de integração social do deficiente requer um maior grau de conscientização da sociedade em geral, dos profissionais da área e da própria família. Para que isso ocorra, são necessárias mudanças nos cursos de formação dos profissionais da área que atendem direta e indiretamente os deficientes e as respectivas famílias, bem como mudanças nas relações entre profissionais, instituições e pais

Abstract: The objective of this work was to discuss the social integration of the mentally retarded individual, in a process that starts in/by the family, and not exclusively at school. It emphasizes the mother, among the other members of the family, considering her as the mediator and the most...

Abstract: The objective of this work was to discuss the social integration of the mentally retarded individual, in a process that starts in/by the family, and not exclusively at school. It emphasizes the mother, among the other members of the family, considering her as the mediator and the most present instrument in the psychosocial development process of the sono. The work technique utilized was the semi-structured interview, which was submitted to 12 (twelve) mothers of children diagnostic ted as mentally retarded, all of them students of the Centro de Reabilitação Piracicaba (CRP). The interviews were tape-recorde, and the mothers' reports were organized in 9 (nine) categories of analysis. Data from the registers of the respective sons, constant material from files of the institutions, were surveyed. The analysis revealed that the mothers try to identify the causes of the deficiency with basis in biological factors. Such mothers have little information about the deficiency, and have different forms of conduct and estimation of theirs sons. Their way of treating them is influenced, in part, by the professional activities and by they variables sex and age of their sons. Their expectations also suffer the influences of these variables, and some are corresponded by their sons, while others are not. Besides that, there are certain conflicts in the relation parents-professionals of the area that deserve more attention. All these aspects are inter-related and influence direct1y in the social integration process of the mentally retarded individual. The total amount of the analyses allowed to infer that the social integration process of the mentally retarded individual needs to be reconsidered, having in mind that it is a process that starts in/by the family. Reconsidering the social integration process of the mentally retarded individual requires a higher level of consciousness of the society as a whole, of the professionals of the area, and of the own family. To achieve this, some changes are necessary in the graduation courses of the professionals that treat direct and indirect1y the mentally retarded individuals and their respective families, and also some changes are needed in the relations among professionals, institutions and parents