O que pode o espectador? [recurso eletrônico] : políticas do documentário autobiográfico
DISSERTAÇÃO
T/UNICAMP B234o
[What can the spectator?]
Campinas, SP : [s.n.], 2015.
1 recurso online (126 p.) : il., digital, arquivo PDF.
Orientador: Cristiane Pereira Dias
Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem e Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo
Resumo: A hipótese do presente trabalho propõe pensar a posição do espectador, levando em consideração a experiência sensível do cinéfilo e a escrita com filmes documentários autobiográficos. O conceito de cinefilia suscita questões sobre o olhar do amador de cinema e revela uma postura de...
Resumo: A hipótese do presente trabalho propõe pensar a posição do espectador, levando em consideração a experiência sensível do cinéfilo e a escrita com filmes documentários autobiográficos. O conceito de cinefilia suscita questões sobre o olhar do amador de cinema e revela uma postura de emancipação diante das imagens. O jogo entre aproximação e distanciamento entre arte e amador deixam à mostra a fragilidade das categorias e hierarquias que teimam em separar produtos artísticos por seu alcance e público. A relação do cinéfilo com o documentário autobiográfico vem evidenciar a dignidade de qualquer um ver, pensar e dizer as expressões do mundo contemporâneo. Para que essa hipótese fosse construída, foi preciso entender o movimento do cinema documentário desde as primeiras teorias até o fenômeno que resultou num cinema mais performático. Onde as coisas do mundo antes eram ditas de maneira assertiva e agora perpassam o corpo do próprio realizador. Nesse sentido, os documentários autobiográficos "As praias de Agnes" (2008), da fotógrafa Agnes Varda, e "Elena" (2013), da estreante Petra Costa, trabalhados no texto, propõem uma aproximação estética que rearticula maneiras do visível, do factível e pensável, dentro de uma lógica sensível que possibilita novas maneiras de perceber, pensar e dizer do mundo. São filmes que experimentam com a subjetividade, modos distintos de dar a ver as coisas e a vida comum, usam a ficcionalidade como elemento (re)criador de histórias, jogando com fatos, memórias e a linguagem documentária, numa relação entre arte e vida. Explorar a escrita com esses filmes possibilita entender como se constrói a invenção de um olhar sobre o mundo e torna mais potente a relação com o cinema, dando à própria arte material para se reinventar a partir dos seus conflitos
Abstract: This work's hypothesis reflects the position of the viewer, Considering the cinephile¿s sensitive experience and the autobiographical writing with documentary films. The concept of cinefilia brings up questions about the perception of the movie 's amateur and Reveals an emancipation...
Abstract: This work's hypothesis reflects the position of the viewer, Considering the cinephile¿s sensitive experience and the autobiographical writing with documentary films. The concept of cinefilia brings up questions about the perception of the movie 's amateur and Reveals an emancipation posture before the images . The game between closeness and distance , between art and amateur , shows the fragility of the categories and hierarchies that insist on separating artistic products by their reaching and audience. The cinephile's relationship with the autobiographical documentary highlights anyone¿s dignity to see, think and say the expressions of the contemporary world. To built that hypothesis, it was necessary to understand the documentary film¿s movement, from the first theories to the phenomenon that resulted in a more performative cinema. Things of the world were once said assertively and now they permeate the director¿s body itself. In this sense, the autobiographical documentaries "The Agnes beaches" (2008), of the photographer Agnes Varda, and "Elena" (2013), Petra Costa¿s first movie, are this work¿s research objects. Both of them propose an aesthetic approach that rearticulates possible ways of the visible, the feasible and the thinkable, within a sensible logic that enables new ways to perceive, think and tell the world. They are films that experiment with subjectivity, different ways to get to see things and the common life, use fictionality as an element to (re)create stories, playing with facts, memories and documentary language, a relationship between art and life. Exploring the writing with these films makes it possible to understand how to build the invention of the world¿s perception and makes the relationship with cinema more powerful, providing to art itself supplies to reinvent from its conflict
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