Orientadores: Márcia Maria Tait Lima, Rafael de Almeida Evangelista

Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem

Resumo: Este estudo teve o objetivo de analisar e sistematizar os processos comunicativos e a elaboração política sobre comunicação da Marcha Mundial das Mulheres (MMM), no Brasil, como uma experiência do Comum, a fim de situar a comunicação dentro de um projeto político feminista, em diálogo com...

Resumo: Este estudo teve o objetivo de analisar e sistematizar os processos comunicativos e a elaboração política sobre comunicação da Marcha Mundial das Mulheres (MMM), no Brasil, como uma experiência do Comum, a fim de situar a comunicação dentro de um projeto político feminista, em diálogo com outras frentes de resistência e criação de alternativas. Isto foi feito a partir de uma pesquisa militante, nos marcos dos debates sobre pesquisa participante na América Latina. Parti da hipótese de que há um reducionismo que marca a discussão sobre comunicação no Brasil, mesmo entre os movimentos sociais e populares, e que compreender a comunicação como processo e como parte constitutiva – e não apenas de divulgação – das lutas coletivas pode ajudar a recuperar uma visão crítica acerca da temática, que hoje parece escamoteada. Para realização deste trabalho, utilizei as pesquisas bibliográfica e documental, observação participante, entrevistas semiestruturadas, questionário e grupo focal, relacionando bibliografias e reflexões sobre o Comum, a comunicação popular e o feminismo, tendo como foco o Coletivo de Comunicadoras da MMM, que surgiu em 2013, a partir do que foi chamado de Convergência de Comunicação dos Movimentos Sociais, criada durante o 9º Encontro Internacional da Marcha, realizado em São Paulo (SP) neste mesmo ano. Ao final, proponho uma sistematização da experiência do coletivo em quatro eixos que se relacionam com a perspectiva da política do Comum. Além disso, a pesquisa teve a construção de uma linha do tempo do coletivo como um de seus resultados

Abstract: This study aimed to analyze and systematize the communicative processes and the political elaboration on communication of the World March of Women (WMW), in Brazil, as an experience of the Common, in order to situate communication within a feminist political project, in dialogue with other...

Abstract: This study aimed to analyze and systematize the communicative processes and the political elaboration on communication of the World March of Women (WMW), in Brazil, as an experience of the Common, in order to situate communication within a feminist political project, in dialogue with other fronts of resistance and creation of alternatives. This was done based on a militant research, within the framework of the debates on participatory research in Latin America. I started from the hypothesis that there is a reductionism that marks the discussion about communication in Brazil, even among social and popular movements, and that understanding communication as a process and as a constitutive part - and not only as disclosure - of collective struggles can help to recover a critical view on the theme, which today seems hidden. To carry out this work, I used bibliographic and documentary research, participant observation, semi-structured interviews, questionnaire and a focus group, relating bibliographies and reflections on the Common, popular communication and feminism, focusing on the WMW Collective of Communicators, which appeared in 2013, based on what was called the Social Movements Communication Convergence, created during the 9th International March Meeting, held in São Paulo (SP) this same year. At the end, I propose a systematization of the collective experience, in axes that relate to the perspective of the politics of the Common. In addition, the research had the construction of a timeline of the collective as one of its results

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