Vigiar e contra-vigiar [recurso eletrônico] : como polícia e sociedade criam suas narrativas a partir de imagens
Gabriel Cunha Vituri
DISSERTAÇÃO
Português
T/UNICAMP V836v
[Surveil and counter-surveil]
Campinas, SP : [s.n.], 2018.
1 recurso online (142 p.) : il., digital, arquivo PDF.
Orientador: Marta Mourão Kanashiro
Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem e Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo
Resumo: Atualmente, quando pensamos em episódios de violência policial, é comum resgatar na memória alguma imagem marcante em que um episódio controverso tenha sido registrado em vídeo. No Brasil e em vários outros países do mundo, o ato de filmar agentes de segurança pública vem sendo observado em...
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Resumo: Atualmente, quando pensamos em episódios de violência policial, é comum resgatar na memória alguma imagem marcante em que um episódio controverso tenha sido registrado em vídeo. No Brasil e em vários outros países do mundo, o ato de filmar agentes de segurança pública vem sendo observado em larga escala, um fenômeno que tem impulsionado o surgimento de coletivos de videoativismo e despertado na sociedade uma sensação de empoderamento a partir do uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). Ao mesmo tempo em que são filmadas, todavia, as polícias também produzem seus registros audiovisuais. Utilizando as mesmas ferramentas que aqueles que os filmam, como smartphones, mas também se valendo de tecnologias avançadas e específicas, como as body cams, essas instituições fazem imagens para confrontar narrativas e construir suas próprias histórias. Com um trabalho de campo e um percurso de pesquisa baseado na desconstrução de casos, realizada utilizando fontes noticiosas e científicas, além de entrevistas, buscou-se abordar vários lados de um mesmo panorama, ou seja, o das dinâmicas de vigiar e contra-vigiar protagonizadas por instituições policiais e pela sociedade. A partir de um debate teórico articulado com os Estudos de Vigilância, esta pesquisa procura deslocar a noção de vigilância de um lugar inerte para um lugar móvel, onde as assimetrias observadas não são mais rígidas, e sim essencialmente relacionais conforme a posição que se ocupa. Em outras palavras, argumenta-se que a tática de filmar de volta, ou contra-vigiar, é hoje uma ferramenta de defesa e ataque que pode ser usada por diferentes grupos em circunstâncias variadas, impossibilitando a delimitação de papéis fixos entre vigilantes e vigiados
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Abstract: Nowadays, when we think about the occurrences of police violence, it is common to recall a remarkable image in which a controversial event was registered in video. In Brazil and many other countries in the world, the act of filming public safety officers is being observed in large scale, a...
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Abstract: Nowadays, when we think about the occurrences of police violence, it is common to recall a remarkable image in which a controversial event was registered in video. In Brazil and many other countries in the world, the act of filming public safety officers is being observed in large scale, a phenomenon that has pushed for the creation of video-activism collectives and has raised a feeling of empowerment in society that stems from the use of Information and Communication Technologies (ICT). However, at the same rate that they are filmed, police corporations also produce their own audiovisual records of such events. Using the same tools as those who film them, such as smartphones, and also making use of specific technology, such as body cams, these institutions produce images to confront those narratives and build their own stories. With a research path based in deconstructing cases using news sources, scientific sources, interviews, and other information gathered from field work, multiple sides of the same panorama have been approached, meaning the dynamics of surveillance and counter-surveillance headed by police corporations and by society. Coming from an articulate debate with Surveillance Studies this research proposes to shift the notion that surveillance is inert, showing that it is mobile, where the asymmetries observed are no longer rigid, but essentially relational according to the position one occupies. In other words, it is argued that the tactic of filming back, or counter-surveilling, is currently a tool of both defense and attack and can be used by different groups in various circumstances, making it impossible to determine fixed roles between surveillant and surveilled
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Kanashiro, Marta Mourão, 1974-
Orientador
Durão, Susana, 1969-
Avaliador
Vicentin, Diego, 1981-
Avaliador
Vigiar e contra-vigiar [recurso eletrônico] : como polícia e sociedade criam suas narrativas a partir de imagens
Gabriel Cunha Vituri
Vigiar e contra-vigiar [recurso eletrônico] : como polícia e sociedade criam suas narrativas a partir de imagens
Gabriel Cunha Vituri